Os Três Zangbetos Tiago Infante

Numa época de baile de máscaras de zangbetos, um sacerdote iorubá da Nigéria resolveu invocar zangbetos para entreter a população.
Como todos os anos essa tradição festiva tem se mantendo, as pessoas sempre divertiam e passavam bons momentos. Até que desta vez, algo diferente e perturbador estava a chegar. Uma grande peste, chamada de "peste das cinzas", estava prestes a contaminar toda a água e terra da região, com a chuva de cinzas das nuvens negras que iriam cobrir o céu.
Esse fenómeno originou-se devido a uma grande guerra que ocorreu entre povos há muitos anos atrás, e os espíritos vingativos dos mortos iriam causar fome, peste e guerra com as suas cinzas.
O sacerdote para evitar essa catástrofe, invocou três zangbetos específicos para este tipo de situações, uma elite divina da força da natureza capaz de purificar qualquer contaminação do ar, da terra e do mar. Ordenou-os então assim que o ritual de invocação foi feito com sucesso, que livrassem desse problema. E assim foi, sem nenhuma dificuldade com a sua vestimenta de palha sagrada imune à corrupção e com poderes divinos sobrenaturais, conseguiram eliminar as cinzas de toda a Nigéria de maneira a voltar tudo ao normal. O sol no céu resplandecia, a terra florescia e o mar voltava a brilhar com vida.
Por fim, estes três gloriosos zangbetos passaram a ser os guardiões principais de toda a Nigéria, os restantes zangbetos permaneceram no clima de festa e serviram como força policial contra ladrões e corruptos. E assim, Nigéria nunca mais voltou a ser ameaçada, passando a ser um local seguro e festivo.