A Mulher Negra de Olhos Azuis Vanda Madeira

Esta história foi me proporcionada pelo senhor Rui Pinto, um homem de descendência africa, a história tem como tema predominante a bruxaria, devido aos mitos, contos e místicas que envolvem a cultura africana, dando assim uma perspetiva diferente sobre a mesma. -Angola,1970; Aldeia do Luso-Moxico; Nesta pacata aldeia às crianças brincam; os homens prestavam auxílio uns aos outros na agricultura; caminhos de ferro; e construção civil. - As mulheres cuidavam dos afazeres domésticos; tratavam dos animais e dos filhos mais pequenos. - O clima tropical “denunciado” pelo calor abrasador era um convite para alguns miúdos e graúdos para um banho no rio Kwanza; era bastante tentador! - Quem tinha responsabilidades ordinárias; como algumas senhoras eram empregadas dos “Tchimdêles” (Portugueses/ brancos) Iam lavar a roupa ao rio; havia vários perigos: correntes rápidas; crocodilos; e outros animais selvavens. As senhoras Lena Mibuzi; Maria Kitata; Tchizé; Leonor Makunda e Madalena Siopy tinham presentes estres perigos. - Havia um que era o mais perigoso de todos: a feitiçaria ou macumba; difícil de combater. - As senhoras dirigiam se ao rio; com a trouxa na cabeça com as roupas para serem lavadas; acompanhadas por canções tribais; e uma caminhada exaustiva; chegaram ao rio; onde tiram as respetivas trouxas da cabeça com a roupa suja. Depois de bem ensaboadas; são metidas outra vez no rio para serem lada convenientemente. Histórias; canções e risos eram reflexo da alegria das respetivas senhoras. Até que algo assombro abateu se junto as lavadeiras: à Tchizé num gesto pouco refletido encontrou ema moeda de 50 centavos; e apanhou a respetiva moeda ; os apelos das suas amigas foram em vão; Tchizé estava em transe, hipnótica; histérica; um autentico caos se tinha abatido aquele dia. Tchizé tinha sido penhada por um feitiço encoberto numa moeda de 50 centavos. Era uma vítima de um feitiço poderoso; tão poderoso que os seus olhos negros meigos e profundo; tinham uma coloração azul como de uma guerreira “Viking” se tratava. Estava amaldiçoada era preciso fazer algo radical: consultar o curandeiro(feiticeiro) da aldeia. Levada ao curandeiro; o diagnostico era grave; Tchizé foi vítima de um mau olhado; por parte de uma mulher de outra aldeia; porque o seu marido a tinha trocado por outra mulher de uma aldeia distante. Por vingança enfeitiçou a moeda para se vingar de qualquer mulher que não fosse da sua aldeia. Uma mulher de olhos azuis; pois será banida ficando assim sozinha de forma errática até ao final dos seus dias. Para inverter o feitiço seria necessário ficar sega; dependente de tos. As amigas de Tchizé aceitaram a última condição: cega, mas junto das amigas.