Luanda Obunga
Cresci em África, e convivi com tudo o que "Ela" me deu, desde o pior ao melhor, aproveitando o melhor e aprendendo com o pior. A minha história é o oposto do que vemos na maioria dos canais de televisão ou em qualquer jornal ou revista: não é sobre a fome, não é sobre uma ditadura, e muito menos sobre a criminalidade e o perigo em países africanos, mas sobre a união e a felicidade que contamina Luanda,a cidade onde cresci e a "quem" devo tudo o que sou, não que seja boa pessoa.
Nem sempre as coisas corriam bem, mas nunca estava sozinho. Habituei-me sempre a ter a casa cheia, mesmo que o frigorifico não estivesse tão cheio, sempre com um bom funje no prato, uma cuca na mão e um bom semba a tocar acompanhado das boas gragalhadas que eram dadas no meio do convívio. Não pedíamos mais que isto, não precisávamos de mais do que isto, só tinhamos que aproveitar o mínimo e torná-lo no máximo. Talvez o suposto seria chorar, quando o que fazíamos era chorar de tanto rir.
Nem sempre as coisas corriam bem, mas nunca estava sozinho. Habituei-me sempre a ter a casa cheia, mesmo que o frigorifico não estivesse tão cheio, sempre com um bom funje no prato, uma cuca na mão e um bom semba a tocar acompanhado das boas gragalhadas que eram dadas no meio do convívio. Não pedíamos mais que isto, não precisávamos de mais do que isto, só tinhamos que aproveitar o mínimo e torná-lo no máximo. Talvez o suposto seria chorar, quando o que fazíamos era chorar de tanto rir.