. FM

J., um comum desempregado de 24 anos, acabava de saborear a cachupa feita pela sua mãe.
Ao olhar pela janela reparou que os os prédios absorviam a tímida luz de inverno daquela tarde pacata. Passavam poucos minutos das 18 horas e estava na altura de sair de casa.

Ao mesmo tempo, M., estudante de 12 anos, saía da escola e andava distraidamente em direção a casa. Mãos nos bolsos, olhar no chão, pensamentos perdidos sobre a vida.
O que poderia fazer para resolver os dramas familiares que atravessava? Naquele momento nada lhe parecia uma solução válida.

Poucos minutos depois de tudo isto, F., motorista de 43 anos, parava o 114 numa rua movimentada. Não havia mais espaço dentro do autocarro e, na paragem, meia dúzia de pessoas tentavam entrar. Toda a gente se empurrava num clima tenso, contrastante com o dia frio. Mas a cabeça de F. estava longe de todo o alvoroço.